domingo, 30 de agosto de 2009

Recebi um e-mail massa essa semana: Como você arrumaria esse quarto?

Quem me mandou foi o querido Alberto, companheiro de Trilhas!!!
Trata-se de um teste de psicologia: você arruma o quarto e pela arrumação o psicólogo Samuel Gosling dá um resultado de sua personalidade. O nome tá linkado lá em cima e depois que clicar pode começar pelo quadro pendurado na parede!!!

É divertido e interessante fazer essa arrumação, mas meu resultado não foi tão legal assim:

“Sentimental

Seu gosto revela um apego às lembranças e a tudo mais que desperte emoções ou sensações (não seria estranho encontrar aromatizadores ou velas na sua cabeceira, por exemplo). Isso não tem a ver com saudosismo, mas com a forma 'apaixonada' como se lança em projetos ou relacionamentos.”


Óbvio que ninguém vai encontrar velas em meu quarto... achei um saco esse resultado, nada a ver!!! Só porque eu guardo tudo quanto é de coisa antiga na minha estante: cartas, presentes, fotos... não me estimulei em fazer de novo, porque ia dar o mesmo resultado, tenho certeza que não me enganei em nenhuma parte.

Mesmo assim fica aqui a dica. E depois que fizerem podemos comentar nossos resultados!!!

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E hoje, lendo o tradicional jornal de Domingo, caí na página do horóscopo. E mesmo sem levar muito a sério, que nem a arrumação do quarto, eu leio sempre que tenho um em mãos.

O horóscopo de hoje começava assim: “um domingo de muita criatividade, imaginação e idéias boas onde canalizar seus talentos.” Traduzindo para vida real: você tem um bando de coisa para fazer e vai ter que esganar seu talento para sair coisas boas...

E segue: “Esportes e atividades sociais, em que você possa se expressar livremente são os melhores programas para hoje.”; Tradução para a vida real: já que você vai passar o dia todo em casa mesmo, pega a vassoura e dá uma varrida na frente da casa e depois prepara o arroz e a salada pro pessoal que tá chegando...

“Parceiros não recebem bem isso e podem se recolher. Deixe e siga.”; essa não tem tradução, já que não é real...

Tenho para mim que esses horóscopos dizem sempre a mesma coisa, sabe lugar comum? para mim não passa disso... e por ser tão lugar comum às vezes calha de ser exatamente o que a gente ta vivendo!!! E sempre tem que ter algo sentimental né?!

Mas, enfim, eu não resisto a um horóscopo mesmo!!! E sei de tudo: inferno astral, horóscopo chinês, ascendente, signo lunar, solar... só não sei porque dou tanta atenção para essas coisas, alguém sabe??!!

sábado, 29 de agosto de 2009

Docemente...


Ando cheia de amor ultimamente. Por isso resolvi escrever sobre ele; na verdade não sobre ele, sim sobre algumas coisas que me despertaram ele durante a semana, ou algo próximo dele, algo que enterneceu meu coração... como tocar meu coração é algo quase impossível e não sou dada a rompantes de enternecimento, achei legal colocar aqui a prova de que eu tenho coração!!! Ou algo parecido...

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Una mujer corajosa, deixou tudo, seu país, seu trabalho, tudo que construiu, sua vida... por um amor. Vale!!!

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Assistir aula de um sexagenário é como voltar à infância: a netinha ouvindo do vovô histórias para dormir, que encantam e tiram o sono, histórias de coisas de Homens e só de homens. Não escrevo, não anoto... somente ouço e me deixo embalar.

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Um casal de velhinhos, de passos lentos e amor vivo. Ele tenta defender ela da pressa dos outros numa passarela; ela quer caminhar ao seu lado e não atrás; mas ao lado não dá, tem que dar passagem para quem anda a 80km por hora. Ela reluta, mas aceita andar atrás. E eu, que também ando a 80 por hora, resolvi diminuir a velocidade, só para me sentir um pouco como eles.

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Queria ficar assim sempre!!! Com o coração cheio de amor, enternecendo-me de graça. Mas não sou um doce de mulher, então me contento com lapsos de doçura.

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Procurando umas imagens doces para enfeitar esse post doce, acabei descobrindo um cara chamado Alberto Vargas, desenhista de pin-ups. As pin-ups dele são lindas!!! Extremamente delicadas!!! o nome dele tá linkado, mas quem tiver mais interessado pode jogar no google também que vai aparecer mais um monte. E como foi difícil escolher uma só!!!

sábado, 22 de agosto de 2009

"se ninguém olha quando você passa, você logo acha 'Eu to carente'..."

Ontem à noite, numa parada de ônibus, participei de um desses acontecimentos engraçados das ruas... porque entre nós humanos acontece de tudo né?! E quando estamos assim, num espaço que é de todos, sempre vivemos coisas que se não são trágicas são engraçadas.

Pois bem, estava eu na parada do bus... depois das 20h sei que todo mundo tem medo de todo mundo nas ruas e que no fim de um dia duro ( pois o dia é sempre duro pra todo mundo) todos só pensam no sossego de seus lares e simpatia é uma palavra que não existe.

Eu não tenho medo... não sei se é porque nada nunca me aconteceu de grave pelos lugares que ando ou se sou uma pessoa sem precaução... não sinto medo. Também não saio por aí falando com todo mundo, claro que não! Mas a minha cabeça é menos paranóica e mais pensativa, voltada pra acontecimentos internos. Não fico olhando se o garoto do meu lado tem cara de FEBEM ou se algum homem paquerou comigo, sei lá... não reparo em nada.

Parada e ônibus para mim são lugares de pensar, de organizar minha vida... isso sempre foi estimulado em mim pelo fato do meu ônibus demorar a vida de um burro pra passar; não tenho outra coisa a fazer senão pensar mesmo. Às vezes olho algumas pessoas, somente por olhar mesmo, pra julgar um pouquinho e achar engraçado...

Nessa noite, uma dessas pessoas olhadas por mim era um homem, uma figura hilária! Ele falava muito alto e elogiava as mulheres próximas; uma ele chamou de linda, outras, sentadas do meu lado, chamou de balzaquianas, outras ele chamou de querida...

Nenhuma delas respondeu é claro, ou esboçou qualquer gesto que permitisse ver que elas viam uma pessoa falando com elas. Nem um olhar, nem um sorriso... e olhe que ele, como eu já disse, era uma figura hilária!! Era alto, devia ter uns 40 e poucos anos, careca e vestido todo de branco; de branco numa sexta-feira me fez lembrar da Sexta-feira de todos os Santos, mas a religião do cara não vem ao caso.

Enfim, ele berrava quando um ônibus parava e vinha uma pessoa correndo, berrava pra avisar qual era o ônibus parado. Eu não fico indiferente quando vejo uma criatura dessas né?! Até quero, mas não consigo. Não consigo não olhar. E eu olhei pra ele. Aí ele falou, alto como falava: “Que coisa boa, voltar pra casa mais cedo! Você também tá voltando pra casa mais cedo né?!” realmente eu estava voltando mais cedo e estava bem satisfeita com isso, fiz que sim com a cabeça junto com um sorrisinho simplório. Ele então colocou ao meu lado um pacote que tinha na mão e voltou para seu posto de avisador dos ônibus que paravam.

E eu continuei no meu posto de observadora dele e do que sua presença suscitava nas outras pessoas. E nos meus julgamentos. O que ele seria: um louco? Essa semana me deram uma definição de normal que nunca vi antes e que me pareceu a mais fiel de todas: normal é quem é capaz de trabalhar e amar. Somente.

O cara então parecia normal, pois trabalho ele aparentemente tinha, e amar ele amava, pois só uma pessoa que ama muito seu próximo pode gritar para todos ouvirem qual é o ônibus que acabou de parar.

Foi pensando nisso e achando-o engraçado que o ônibus dele chegou, ele então veio buscar a sacola que tinha deixado do meu lado e falou pra mim: “Obrigado querida, obrigado pela esmola do seu olhar...”, saiu, continuou gritando o ônibus e foi o último a subir.

Eu fiquei sem palavras.

Não sabia que um olhar poderia ser tão importante para uma pessoa assim. Deu um nó na minha garganta sabe?!

E a pergunta que não cala: o que ele seria? Ficou simplesmente sem resposta... pode ser que seja um psicopata altamente dissimulado, poder ser que seja um bandido procurado pela INTERPOL, pode ser que seja um açougueiro ou médico ou enfermeiro... ou pode ser que seja apenas uma pessoa que como todo mundo precisa do olhar do outro pra se sentir alguém...

A partir de agora, prometo que sempre vou olhar pras pessoas a minha volta.

Não resisti a tentação de ter um blog rosa... só tem apenas uma restrição agora: se por acaso o fundo rosa atrapalhar na leitura dos textos sintam-se à vontade para reclamar. Ou se tiver feio mesmo o visual do blog, pode reclamar... É só ir lá em Verdades e postar seu comentário. Porque aqui o leitor sempre tem razão!!
(este é um blog comercial sem fins lucrativos)

*

Estou sem tempo para selecionar as besteiras que vou colocar aqui. Porque pode não parecer, mas eu seleciono as besteirolas que posto... o problema é que o barato é louco mano, e eu sou uma criatura super desorganizada, falta tempo pra fazer as coisas que tenho vontade mesmo...

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

O Canalha não exite mais...???


Tive o prazer de assistir uma discussão hilária ontem, sobre o mito do canalha...

Tava na minha casinha, vendo TV às duas da tarde, pulando de canal em canal, quando dei de cara com uma figura interessante, parlando de uma forma bem espontânea e convidando a todos para prestigiarem o III Festival Literário de Natal. Esse ser interessante era o escritor gaúcho Fabrício Carpinejar; tenho que dizer que ele era-me completamente desconhecido, mas conseguiu me cativar e num é que eu resolvi sair da minha toca e ir ver isso de perto!!

O Carpinejar, uma figura bem parecida com os freqüentadores do Setor II, tava lá... ia discutir o Mito do canalha juntamente com o filósofo Pablo Capistrano, daqui mesmo de Natal.

Eu, na minha ingenuidade imaginei que seria uma coisa bem séria, tipo mesa redonda [que a mesa nunca é redonda] e tal... ledo engano!!! O Capistrano iniciou a discussão, bem sério, bem filósofo mesmo... mas aí o Carpinejar tomou conta de tudo!!! O cara é louco!!! Mas um louco são, pois todas as suas colocações foram de grande relevância para a discussão em pauta. E lá se foi toda a seriedade... quem conseguiria se manter sério na presença de tal criatura??!!

Havia um embate entre Filosofia e Letras que pairava no ar, mas ficou tudo muito leve porque o Capistrano já tava na onda do gaúcho mesmo, não tinha como fugir.

Mas, mais interessante do que o Fabrício Carpinejar era o tema da discussão: O mito do canalha: comportamento e sexualidade. Cara, o filósofo iniciou legal, falando do que seria na verdade o canalha, “uma espécie em extinção” segundo ele e que canalha era um estado de linguagem, vugo boa lábia né... e lá veio o gaúcho!!! Ele fez uma subdivisão entre canalha e cafajeste e falou o quanto que as mulheres gostam desse tipo de homem, pois na verdade eles refletem o que elas querem ver, falam o que elas querem ouvir e tal... ao cobri-las de lisonjas o canalha massageia o ego delas por isso uma mulher nunca quer se separar de seu canalha de bolso!! Aí ele soltou uma que pelamordeDeus, to rindo até agora:“O canalha é o Dom Sebastião do sexo” kkkkkkkkkkkkkkkkk o eterno esperado e desejado!!!

Claro que o Capistrano também não ficou atrás né, soltou a dele também: segundo ele, o tipo de homem que domina o cenário natalense é o Anti-canalha, vugo manicaca... kkkkkkkkkkkkk o homem norte-riograndense teria nascido pra isso!!!

Eles falaram sério também, claro: falaram sobre a súbita ascensão do amor romântico nos dias de hoje, da emancipação da mulher da feminilidade e da não emancipação do homem da masculinidade... todo homem tem que provar que é Homem [com H maiúsculo]!!!

Foi uma conversa bem bacana que serviu para abrir os olhos da gente com relação a posição do homem na sociedade, tanto a posição que ocupa como a que lhe é imposta.

É sempre bom ver pessoas tão interessantes falando de um assunto tão pouco difundido, que necessita mesmo ser discutido... ainda mais num evento assim, aberto ao público. Se bem que o público era bem pequeno [e bem seletivo]. Seria bom que as pessoas se interessassem também né... saíssem de suas tocas como eu fiz pra ver de perto esses acontecimentos extraordinários!!!

Depois eu escrevo mais sobre o que penso do Canalha e minha relação com ele... o III Festival Literário de Natal vai até dia 8 [sábado] e é uma ótima opção pra quem tá em casa mesmo sem fazer nada [eu]; vai lá no Natal Shopping a partir das 17h, ainda vai rolar muita coisa boa por lá!!!

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Ontem, quando acabei de postar aqui, liguei o rádio [sou viciada em rádio] e eis que ouço uma canção que me marcou muito há um tempo atrás, importante mesmo; acho que tinha me esquecido dela... é Eu apenas queria que você soubesse, do Gonzaguinha [gosto de música de velho sim!].

Uma música passa a ser significante pra mim quando ao ouvi-la tenho certeza de que era isso que eu queria falar pra alguém ou que sintetize o que sinto no momento... esta é uma dessas músicas. Mas já faz tempo isso, nem tinha 20 anos! Tinha esquecido dela, coitada... tão significativa...

Eu acredito que tudo em nossa vida acontece por alguma razão, nada por acaso. Já foram tantas as vezes que recebi ensinamentos pelo rádio, outras tantas músicas significativas que não dá pra deixar pra lá e dizer que foi só coincidência feliz do acaso! Não dá mesmo... pra mim é mais um ensinamento, uma forma de me puxar a orelha por causa das coisas que tenho deixado pra lá, que tenho perdido por minha própria causa...

É!!! Gonzaguinha resolveu me dar uma lição!! Se bem que ele, lá do Além, não ia perder tempo mandando lição pra uma menina à toa né, ou ia?? Sei lá, falta do que fazer no outro mundo...

Menina... adoro quando me chamam de menina... sem saber, a pessoa está me fazendo um bem enorme!! Apenas meu pai e um ou outro desavisado tem feito esse bem...

Vou fazer uma rápida análise dessa canção. Com todo respeito, claro. Vejamos o que o eu-lírico do Gonzaga Júnior escreveu:

Na canção uma menina/mulher tenta falar alguma coisa pra alguém: “Eu apenas queria que você soubesse”... e o que é que ela quer falar? “Que aquela alegria ainda está comigo/ E que a minha ternura não ficou na estrada/ Não ficou no tempo presa na poeira” traduzindo: “cara, apesar de você eu ainda sou a mesma, feliz e terna”... isso com certeza depois de uns 5 meses se rasgando né??!! Sim porque ela deve ter sofrido horrores!!! Ninguém mandaria um recado assim sem ter sofrido horrores antes...

Depois ela vem com o seguinte papo: “...esta menina hoje é uma mulher/E que esta mulher é uma menina” tradução: “eu cresci, meu bem! Hoje sou uma mulher! Só não deixei de lado meu lado menina, meus sonhos...” ou seja “hoje sou muito melhor, porque juntei em mim a menina que fui e a mulher que sou e serei”.

E depois vem uma estrofe meio cabeluda: “que colheu seu fruto flor do seu carinho”; sem querer fazer fofoca aqui, mas acho que ela deve ter engravidado desse cara e ele abandonou ela prenhe! Sacanagem... mas, enfim, a menina já superou isso... a criança nasceu linda e saudável e o cara até paga uma pensãozinha!!

Aí vem a parte auto-ajuda da música, uma lição pra mim, tocando direto na minha ferida:

“Eu apenas queria dizer a todo mundo que me gosta
Que hoje eu me gosto muito mais
Porque me entendo muito mais também
E que a atitude de recomeçar é todo dia toda hora

É se respeitar na sua força e fé
E se olhar bem fundo até o dedão do pé”

isso, dê na minha cara!!! tomei nota já!! Esqueço mais nunca!!

E pra terminar ela confirma meu palpite: “essa criança brinca nesta roda/E não teme o corte de novas feridas/Pois tem a saúde que aprendeu com a vida” ela teve um filho lindo saudável que cresce feliz em redor de outras crinacinhas felizes!!

Também pode ser ela mesma... se levarmos em conta que ela mesma ainda é uma menina...

A análise termina aqui, o resto é só repeat.

Gente, foi só pra descontrair tá!!! A música em si é uma lindeza!!! A melodia uma delicadeza infantil, transmite uma alegria, uma felicidade, sei lá!!! E a letra com muito conteúdo, como todas escritas pelo Gonzaguinha né??!! a interpretação carregada de emoção dele toca qualquer coração também... até eu que não tenho esse órgão me sinto tocada!!

vou deixar aqui o link de um vídeio [que na verdade não é um vídeo] dessa música no Youtube, pra quem quiser ouvir e fazer sua própria análise.

http://www.youtube.com/watch?v=Q4H5x8ScDLs

domingo, 2 de agosto de 2009

Depois de mim, o dilúvio... frase de Luís XV.

Há um tempo atrás li um romance de Susana Flag [heterônimo de Nelson Rodrigues]; nada mais do que uma história autobiográfica. Uma menina que passava por problemas familiares e que de repente perdia sua condição de menina... passava a ser a Mulher Antediluviana. Na época, me tocou muito esse adjetivo...

Susana é uma mulher rodriguiana legítima!!! Daquelas que personificam a fragilidade de ser Mulher, mas que escondem dentro em si todas as outras significações de ser Mulher. Uma mulher muito bela, capaz de conquistar todos os homens. Nada mais do que uma Mulherzinha!!! Daí conheci o sentido de ser Mulherzinha e seus benefícios... mas ela tinha uma força, uma coisa que a tornava a Antediluviana... a mulher antes do dilúvio, enquanto as coisas apenas parecem calmas... no tempo em que li tal livro não conhecia a frase de Luis XV nem passava por transformações bruscas.

Depois de mim, o dilúvio... eufemismo para “Vá tudo pro inferno!”. Queria poder dizer um dos dois...

Já tenho 20 anos. Sei que é pouco, para muitos é pouco; mas para mim não tem sido pouco! Primeiro, reluto em aceitar que saí da adolescência, que no inglês não haverá mais teen no fim da minha idade... reluto em deixar a menina que fui partir. Não é medo de envelhecer [acho que não] é medo de ser grande, de ser finalmente mulher, ter responsabilidades... e medo das perdas também...

Perdi a candura, a doçura, o frescor, a alegria, a ternura, a docilidade do olhar, a felicidade sem motivo aparente, o amor platônico... cresci. Passaram-se dias, meses, anos, cada um como um verniz sobre mim. O primeiro amor passou, o segundo amor passou, o terceiro amor passou...

Não me sinto mais do que uma envernizada... camadas e camadas de verniz cobrem a menina que fui... e não se pode remover o verniz dos dias, meses e anos passados, eles seguem comigo. Tudo em mim é apenas uma pátina, uma colagem em baixo do verniz... o verniz segura tudo.

Não sou mais do que uma envernizada. E a menina se perdeu por trás do verniz...

Agora enfrento uma difícil tarefa: admitir finalmente que não sou mais uma menina, que sou uma mulher e ponto final! Não tem sido nada fácil encarar isso de frente. Espero eu o blog me ajude então... e Susana Flag e Luís XV também!