quarta-feira, 25 de agosto de 2010




Os movimentos das pernas determinam os caminhos.

Andar é como colonizar, ir para longe e lá encontrar seu lugar de origem, seu ponto comum.

Você segurou minha mão naquele dia e eu me senti feliz como índia, feliz como coisa possuída.

Mas a porta do novo mundo se abriu novamente e você soltou-me, suas pernas pediam outro caminho, oposto ao meu, encruzilhado em quatro bocas distintas.

Eu permaneci, no meio, mas perdida, pois as minhas pernas não sabiam por onde seguir, sem bússola ou mapa para descobrir, sem orientação e sem capitão.

Então cansei de estática e permanência, brincar de estátua moderna.

Segui o caminho indicado pela imanência do corpo e pelo desejo das pernas.

2 comentários:

  1. ôuh amiga ... é vero

    apesar de muitas vezes não querermos temos de prosseguir, seguir em frente... eu não sei que frente é essa, mas pelo menos a palavra já dá uma ideia de não olhar para trás!

    ..........

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  2. é amiga, o melhor é seguir um caminho alternativo, sem placas de orientação, afinal, quem realmente deseja saber antes onde vai chegar?

    bjo bjo bjo

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