quarta-feira, 5 de agosto de 2009

O Canalha não exite mais...???


Tive o prazer de assistir uma discussão hilária ontem, sobre o mito do canalha...

Tava na minha casinha, vendo TV às duas da tarde, pulando de canal em canal, quando dei de cara com uma figura interessante, parlando de uma forma bem espontânea e convidando a todos para prestigiarem o III Festival Literário de Natal. Esse ser interessante era o escritor gaúcho Fabrício Carpinejar; tenho que dizer que ele era-me completamente desconhecido, mas conseguiu me cativar e num é que eu resolvi sair da minha toca e ir ver isso de perto!!

O Carpinejar, uma figura bem parecida com os freqüentadores do Setor II, tava lá... ia discutir o Mito do canalha juntamente com o filósofo Pablo Capistrano, daqui mesmo de Natal.

Eu, na minha ingenuidade imaginei que seria uma coisa bem séria, tipo mesa redonda [que a mesa nunca é redonda] e tal... ledo engano!!! O Capistrano iniciou a discussão, bem sério, bem filósofo mesmo... mas aí o Carpinejar tomou conta de tudo!!! O cara é louco!!! Mas um louco são, pois todas as suas colocações foram de grande relevância para a discussão em pauta. E lá se foi toda a seriedade... quem conseguiria se manter sério na presença de tal criatura??!!

Havia um embate entre Filosofia e Letras que pairava no ar, mas ficou tudo muito leve porque o Capistrano já tava na onda do gaúcho mesmo, não tinha como fugir.

Mas, mais interessante do que o Fabrício Carpinejar era o tema da discussão: O mito do canalha: comportamento e sexualidade. Cara, o filósofo iniciou legal, falando do que seria na verdade o canalha, “uma espécie em extinção” segundo ele e que canalha era um estado de linguagem, vugo boa lábia né... e lá veio o gaúcho!!! Ele fez uma subdivisão entre canalha e cafajeste e falou o quanto que as mulheres gostam desse tipo de homem, pois na verdade eles refletem o que elas querem ver, falam o que elas querem ouvir e tal... ao cobri-las de lisonjas o canalha massageia o ego delas por isso uma mulher nunca quer se separar de seu canalha de bolso!! Aí ele soltou uma que pelamordeDeus, to rindo até agora:“O canalha é o Dom Sebastião do sexo” kkkkkkkkkkkkkkkkk o eterno esperado e desejado!!!

Claro que o Capistrano também não ficou atrás né, soltou a dele também: segundo ele, o tipo de homem que domina o cenário natalense é o Anti-canalha, vugo manicaca... kkkkkkkkkkkkk o homem norte-riograndense teria nascido pra isso!!!

Eles falaram sério também, claro: falaram sobre a súbita ascensão do amor romântico nos dias de hoje, da emancipação da mulher da feminilidade e da não emancipação do homem da masculinidade... todo homem tem que provar que é Homem [com H maiúsculo]!!!

Foi uma conversa bem bacana que serviu para abrir os olhos da gente com relação a posição do homem na sociedade, tanto a posição que ocupa como a que lhe é imposta.

É sempre bom ver pessoas tão interessantes falando de um assunto tão pouco difundido, que necessita mesmo ser discutido... ainda mais num evento assim, aberto ao público. Se bem que o público era bem pequeno [e bem seletivo]. Seria bom que as pessoas se interessassem também né... saíssem de suas tocas como eu fiz pra ver de perto esses acontecimentos extraordinários!!!

Depois eu escrevo mais sobre o que penso do Canalha e minha relação com ele... o III Festival Literário de Natal vai até dia 8 [sábado] e é uma ótima opção pra quem tá em casa mesmo sem fazer nada [eu]; vai lá no Natal Shopping a partir das 17h, ainda vai rolar muita coisa boa por lá!!!

Um comentário:

  1. Que discussão ótima!
    Deve ter sido muito bom mesmo.

    Mas vc sabe q o homem q apoia a masculinidade no H, ainda por cima maiúsculo, tem algum problema: depositar toda a masculinidade numa consoante muda é, no mínimo, questionável, não acha?
    kkkkkkkkkkkkkkkkkkk


    Beijos!

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