segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Onde a dor não tem razão

Na casa da boneca, na torre do castelo que deixou de ser prisão e solidão. Vigésimo andar de pura felicidade, lar de amor puro. Portas abertas e mesa posta, corredores receptores, sofá acolhedor.

Tão cedo ainda e a casa da boneca foi invadida por risos que chegaram pro café, preenchendo vazios e brechas, ocupando os pequenos quartos.

Chegaram com mão vazias, mas prenhes de alegria, deixando cair brotinhos de felicidade, nos olhos uma inquieta agonia, corpos transbordando de energia.

Café com pão e lágrimas, entrecortado por sorrisos amplos que não cabiam na mesa, não cabiam na casa, adentravam uns nos outros.

O tempo não fez pirraça, correu como se deve correr um rio manso, cantando canção de ninar. Do que era pra ser triste brotou felicidade natural. Tornou-se maravilhoso o que era pra se mau.

Tudo era mãos dadas e calor de gente humana. E fora da casa da boneca tudo ficou menor menor menor menor menor...

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