Uma mulher forte e uma menina frágil não se equiparam em nada, são a mesma coisa só que inversa, convexa. Uma mulher forte pode ser quebrável; uma menina frágil pode ser durável. Depende do ponto de vista e da velocidade da flecha, se acerta.
“Quando te conheci pensei que fosse mais forte, não vi tuas feridas abertas. Não enxerguei que teu jeito seco era uma forma de esconder teu medo e tua dor. Mas quem anda com a ferida aberta, à mostra, é mais forte do quê quem a esconde, pois quem esconde nunca para de sentir, apenas torna-a invisível aos outros.”
“Quando te vi chorar pensei que era fraca flor despetalada em bem-me-queres, ou que abrisse a barragem que há muito se fechara, mas não que fosse triste ou dolorosa sua vida, só não agüentava o momento, só precisava de alento, vi que não tinha tanta coisa vivida, tão pequena e tão ingênua, trocando pé em mãos, indo pelo caminho errado do coração.”
“Eu não posso te ajudar.”
“Eu não posso te curar.”
Restou-lhes apenas (e de mais) o olhar.

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