segunda-feira, 6 de setembro de 2010


E até dia pro sexo criaram. Coisa de gente tarada que não pratica o ano inteiro e inventa motivo pra fazer. Não costumo ser tarada, mas sempre fui danada, apimentada, o que parece ter tatuado “SEXO” na minha testa, ou tenho espalhado muito feromônio pelo espaço.

O fato é que há pessoas que transam sem ter transado. Minha cara de danada nunca me deixou mentir, na verdade nunca me deixou ser outra coisa, como se eu tivesse obrigação de ser o que meu corpo é, o que meu rosto diz.

Eu não aceito. Não aceito ser o que pareço porque é como morder a isca, seguir a risca o que imaginaram de mim e para mim. E eu sou arrisca. Até nisso.

Meu rosto e meu corpo não são o que eu sou. Eu não digo o que mostro. Pelo menos não assumo, e sumo sempre que me chamam para o que sou de verdade.

Para os que não me entendem: sou um café muito quente. Assoprado. Sou só fama, não sou proveito. Não sou água de matar sede. Não quero que vejam minha ferida pré-histórica mal curada, ainda sangrando, quando tirar a roupa, por isso permaneço vestida.

Mas no final tudo é questão de aceitar-se despida...

Um comentário:

  1. Sabemo até bem o que somos, mas a natureza, esta mesma que controla o sexo, é quem nos leva ao que somos! abraços

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